Realizado por vários veículos de comunicação – site Terra, SBT, jornal Estado de S.Paulo, Eldorado, Nova Brasil FM, Veja e CNN Brasil –, o penúltimo debate a presidente, na noite de sábado (24), teve a presença de seis dos sete candidatos convidados. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não compareceu, alegando ter outras agendas.
O presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição, esteve na mira da maioria dos adversários, principalmente de Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil). “Você é péssimo exemplo, mente em cadeia nacional, não trabalha, anda de jet-ski, não conhece a realidade do Brasil, por isso é que diz que o Brasil não tem fome”, disse Simone, em uma das muitas críticas direcionadas por ela ao presidente.
Com o púlpito reservado a Lula vazio, o ex-presidente não escapou das críticas dos presidenciáveis pela ausência e foi alvo de provocações de Bolsonaro. “Em 2018, eu não compareci porque estava hospitalizado vitimado por uma facada e fui massacrado pelo PT como fujão. Eu perguntaria para os petistas: ‘E agora?’ Qual é a justificativa para ele não aparecer?”, cutucou o presidente e candidato à reeleição.
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Padre foi auxiliar do presidente
Com registro aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste mês, o padre kelmon (PTB), que substituiu Roberto Jefferson (PTB) na disputa presidencial, foi a novidade deste debate. E foi um auxiliar do presidente Jair Bolsonaro. Além de sair em sua defesa em relação aos ataques dos adversários, exaltou as iniciativas do governo federal. “Estamos vendo um massacre, nunca tinha visto isso na minha vida. Cinco partidos que se juntaram para bater em um presidente da República com falácias, mentiras, inventando”, afirmou padre kelmon. O candidato do Novo, Felipe dÁvila, também ajudou Bolsonaro, ao ser mais ameno nas críticas ao presidente e em quase todas suas participações mirou nos governos petistas.
Se confessar com padre?
Um dos enfrentamentos mais ríspidos do debate entre os presidenciáveis ocorreu entre Simone Tebet e Padre Kelmon. Ao questionar a senadora sobre a criminalização do aborto, o religioso disse que, como feminista, ela defenderia “o assassinato de bebês indefesos no ventre de suas mães”. Irritada, a emedebista afirmou que seu conceito de feminista era diferente ao do padre, que a retrucou, gerando um bate-boca.
Simone esclareceu que defendia o direito das mulheres e condenou sua atitude: “Lamento, padre! Confesso que tenho dúvidas se teria coragem de me confessar com você”.
Florentina, cloroquina e onça
A candidata do União Brasil, Soraya Thronicke protagonizou momentos engraçados ao longo do debate. Com a proposta principal do imposto único, ela foi questionada por um jornalista se a iniciativa não seria uma reedição da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF). Então, ironizou: “não confunda florentina com cloroquina.” Soraya foi engraçada também ao retrucar Bolsonaro: “Não cutuque a onça com vara curta.”
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